Você já pensou em visitar Bariloche no verão? Não? Pois, foi exatamente isso que eu fiz! Com a minha esposa Anna, montei um roteiro de 8 dias em Bariloche, fugindo do comum, e visitando a cidade em pleno verão. O que eu achei? Foi massa demais! E se uma imagem diz mais que mil palavras, dá uma olhada no vídeo abaixo para entender do que estou falando!
Curtiu? Então, vamos para o roteiro de 8 dias em Bariloche, com tudo o que você pode viver na cidade queridinha dos brasileiros, em pleno verão!
Roteiro de 8 dias em Bariloche
Um roteiro de 8 dias em Bariloche inclui:
- Cerro Otto (Piedras Blancas)
- Bunker em Villa Tacul
- Tour – Curiosidades sobre Bariloche
- Rota dos 7 lagos
- Bahía Manzano
- Mirador Lago Nahuel Huapi
- Inalco (suposta casa de Hitler em Bariloche)
- Lago Espejo
- Villa La Angostura
- Circuito Chico
- Centro cívico
- Colonia Suiza | Colônia Suíça
- Punto Panorámico
- Cerro Campanário
- Cervejaria Patagonia
- Tour – Presença nazista em Bariloche
- Tour – Caiaque no Lago Nahuel Huapi
- Passeio de lancha
- Ilha Huemul (Ilha nazista)
- Tour – Pubcrawl
- Escalada Cerro Ventana
- Trilha Refúgio Frey
- Refúgio Frey
- Escalada Agulha Frey | via Diedro de Jim e a Sifuentes Weber.
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Dia 1
- Cerro Otto (Piedras Blancas)
- Bunker em Villa Tacul
- Tour – Curiosidades sobre Bariloche
Cerro Otto (Piedras Blancas)
O Cerro Otto é um dos passeios de Bariloche que garantem a diversão na neve, especialmente para quem não esquia, principalmente porque lá você encontra um parque com diversas atrações, para as variadas habilidades de quem quer se divertir no inverno, com opções como snowboard, esqui e até esquibunda.
Durante o verão, você vai curtir a vista completa de Bariloche, vendo a cidade do alto, além disso, visitamos a casa de Otto Meiling (que está fechada para visitação), mas dá para ver por fora.
Inclusive, o nome “Cerro Otto” é uma homenagem a Otto Meiling, o explorador que dirigiu a primeira escola de esqui da Argentina, estabelecida no local em 1950.
No inverno é possível alugar a roupa apropriada e fazer aulas com professores especializados, se você estiver animado!
Bunker em Villa Tacul
O “bunker” de Villa Tacul é um local histórico na região de Bariloche, situado no Parque Nacional Nahuel Huapi.
O local é isolado e essa é uma das razões para a criação de uma série de mistérios e teorias da conspiração criadas sobre o endereço.
Grande parte dessas histórias, ligam o local a histórias de nazistas fugitivos após a Segunda Guerra Mundial.
Segundo essas histórias, o “bunker” é uma construção havia sido construído para abrigar figuras importantes do regime nazista, que teriam encontrado refúgio na Argentina e em outros países da América Latina.
Anos depois, a construção teria sido destruída pelos militares argentinos.
Parte do que alimenta esses ideais é o fato de que não há nenhum documento municipal ou militar registrando o local, o que implica que o bunker não existia oficialmente.
Algumas teorias mais extremas chegaram a sugerir que o próprio Hitler teria sobrevivido à guerra e fugido para a Argentina, passando pelo bunker de Villa Tacul. Nenhuma dessas teorias foram comprovadas.
Outra história muito comum sobre o lugar é a de que o bunker, na verdade, é a estrutura de um hotel inacabado ou ainda, um hotel construído na década de 40 por um empresário nascido na Alemanha e naturalizado argentino chamado Hans Symens, mas posteriormente demolido, por nunca conseguir permissão para funcionamento.
Atualmente, existem basicamente ruínas, com uma construção principal e duas construções menores, com outros pedaços di que seriam prédios e casas, escondidas pela vegetação e pelo tempo.
A Villa Tacul também tem uma praia no Lago Nahuel Huapi, em um Parque Nacional no final de uma trilha que sai do Circuito Chico, a quase 30 km do centro de Bariloche.
A praia é bem tranquila, especialmente, porque foge do circuito turístico tradicional.
Se você vai de carro, saindo do centro de Bariloche, siga pela Ruta Nacional 237 e depois entre na Ruta Provincial 77, que faz parte do famoso Circuito Chico.
Após passar pelo Hotel Llao Llao e pela Capela de San Eduardo, continue na Ruta 77 até ver as placas que indicam a entrada para Villa Tacul.
Uma vez no parque, há um estacionamento onde você pode deixar o carro e seguir por uma curta caminhada até a praia ou até o bunker.
Eu achei este lugar muito sensacional, primeiro, porque a praia é calma, sem muita gente e de uma beleza fora do comum. Dá para vir para cá e relaxar o dia inteiro curtindo essa paisagem.
Tour – Curiosidades sobre Bariloche
Contratei este tour pelo site do Airbnb com a intenção de mergulhar na história da região e conhecer seus segredos.
De fato, foi isso o que vivemos durante as horas que passamos com o guia.
Conhecemos muitas histórias e mitos sobre Bariloche, Nahuel Huapi e a Patagônia, tudo isso enquanto exploramos a cidade caminhando.
Nós amamos esses tipos de tours, para gente é uma forma de se integrar ainda mais nos locais que visitamos e extrair tudo que podemos e evoluirmos como pessoa.
Esse tour entregou muito disso e de uma forma super leve, então, eu super recomendo incluir em seu roteiro de 8 dias em Bariloche.
Leia também: Curiosidades sobre Bariloche: 25 fatos sobre a história, tradições e atrações da queridinha dos brasileiros
Dia 2
- Rota dos 7 lagos
- Bahía Manzano
- Mirador Lago Nahuel Huapi
- Inalco (suposta casa de Hitler em Bariloche)
- Lago Espejo
- Villa La Angostura
No segundo dia do nosso roteiro de 8 dias em Bariloche, contratamos um serviço de motorista para fazer todo o trajeto de carro com a gente. Outra opção (inclusive mais econômica) é alugar um carro por uma diária ou fazer um passeio com agência (este último é o que menos recomendo).
Rota dos 7 lagos
A Rota dos 7 Lagos faz parte da Rota 40, um caminho famoso por cortar do norte ao sul da Argentina e atravessar a patagônia.
Ao longo do caminho, você encontra lagos de águas cristalinas, além de muita natureza ao seu redor.
O trajeto também permite conhecer algumas cidades pequenas da região, como a Villa La Angostura e San Martín de los Andes (ponto final do trajeto).
Como parte da água dos lagos é de degelo, as temperaturas são muito baixas, mas você pode se arriscar a dar um mergulho em qualquer uma das paradas que fizer.
Para quem está em Bariloche, a Rota dos 7 Lagos começa a 85 km da cidade, passando pelo centrinho de Villa La Angostura.
A estrada é, em sua maioria, asfaltada e em alguns minutos de viagem você já poderá ver o lago Nahuel Huapi e o lago Correntoso. Esses são os dois primeiros lagos que a rota apresenta. No total são sete oficiais:
- Lago Chico
- Espejo Grande.
- Correntoso;
- Escondido;
- Falkner;
- Villarino;
- Machónico
Contudo, existem também alguns lagos pequenos, que não entram na contagem dos 7 lagos que batizam a rota.
Ao final do trajeto, você chega em San Martín de los Andes (195 km de Bariloche), que fica à beira do lago Lacar.
Além dos lagos, no caminho, você irá cruzar dois parques nacionais, o Lanín e o Nahuel Huapi.
Nós não fizemos todos os lagos e nem os lagos mais famosos. Muita gente, por exemplo, coloca como item obrigatório dessa experiência o Lago Correntoso e a Ponte do Lago Correntoso.
Sem dúvida são bonitos, em um certo momento as paisagens ao longo dos 7 lagos vão se repetindo. Apesar de cada lago ter suas peculiaridades, você vai ver mais do mesmo.
O que mais recomendo é alugar um carro e fazer por conta própria e no seu tempo ou como a gente fez – contratar um carro particular. Pagamos 400 dólares por um dia inteiro com o carro e além dos lagos, fizemos outras coisas.
É um valor bem caro e certamente alugando um carro você vai pagar bem menos que isso, mas como a gente estava gravando nosso documentário e precisávamos de alguém que dirigisse pra gente.
Por falar em documentários, nosso doc sobre Bariloche ainda não está no ar, mas você pode conferir outros vídeos fora do comum que gravamos sobre as nossas viagens no nosso canal no Youtube, entre eles nossos dias em El Calafate, na Patagônia Argentina, quando conhecemos e exploramos do gigantesco glaciar Perito Moreno e muito mais! Para conferir, basta clicar no vídeo abaixo e curtir essa experiência com a gente!
Bahía Manzano
A Bahía Manzano fica na região de Villa La Angostura, nas margens do Lago Nahuel Huapi, há cerca de 80 quilômetros ao norte de San Carlos de Bariloche.
A baía é famosa por suas paisagens, águas calmas e cristalinas, sendo cercada por montanhas e florestas de árvores nativas.
De maneira geral, é um destino para quem quer relaxar e fazer atividades ao ar livre como caiaque, stand-up paddle, pesca, vela e mergulho.
Além disso, a região oferece a possibilidade de realizar algumas trilhas e trekking, com opções para diferentes níveis de dificuldade e distâncias.
O nome “Manzano” vem das maçãs (manzanas em espanhol) que originalmente eram cultivadas na região.
Bahía Manzano possui uma boa infraestrutura hoteleira, com hotéis e resorts que oferecem vistas espetaculares e estão em total harmonia com a natureza ao redor.
Entre eles, o Manzano Resort, rodeado pela natureza e com uma ampla variedade de serviços e comodidades como restaurante, piscinas aquecidas, sala de jogos, área kids, quadras de tênis, paddle, futebol, vôlei, internet, estacionamento para trailers e mais.
É possível se hospedar por lá, especialmente, se você busca dias de descanso e tranquilidade.
Use o Booking para comparar as opções de hospedagens e fazer a sua reserva em hotéis pelo mundo todo, incluindo Bariloche! Em um único lugar, você tem acesso a centenas de hotéis e pode escolher o que melhor se encaixa no seu bolso e nas suas necessidades.
Mirador do Lago Nahuel Huapi
O mirador é um local em meio a uma trilha, usado para que você tenha uma visão sensacional do Lago Nahuel Huapi, que faz parte do Circuito Chico e, de forma não oficial, da Rota dos 7 Lagos.
O lago possui 557 km² de área, localizados 700 metros acima do nível do mar, tornando este o maior e principal lago de Bariloche e da Patagônia Norte, ocupando todo o limite norte da cidade.
Ao longo da sua costa estão praias de diferentes tipos, oferecendo uma variedade de atividades que podem ser realizadas pelos turistas que chegam ali.
O Lago Nahuel Huapi era originalmente ocupado pelos índios Mapuche. No idioma local, nahuel huapi significava “ilha do puma” ou “ilha da onça”.
Como os europeus chamavam antigamente o animal de “tigre”, é comum encontrar o nome do lugar traduzido erroneamente como “Isla del Tigre”.
Segundo uma lenda contada pelos mapuches, no lago existe uma gigante criatura chamada Nahuelito. Existem muitos relatos de avistamento e até fotografias que mostram o que seria o Nahuelito, entretanto, ainda hoje não há nenhum tipo de confirmação da lenda. Aliás, essa é uma história bem similar a que existe no Lago Ness na Escócia, não é mesmo?
Inalco (suposta casa de Hitler em Bariloche)
A Estância Inalco fica na área de Villa La Angostura, no extremo norte do Lago Nahuel Huapi, e é mais um dos lugares cheios de mistérios e cercados por teorias conspiratórias na região.
A fazenda fica à beira do Lago Nahuel Huapi e ganhou notoriedade devido a rumores de que teria servido como esconderijo para Hitler após a Segunda Guerra Mundial.
Essas teorias nunca foram comprovadas, mas foram amplamente divulgadas em livros e documentários, o que alimentou as suspeitas. Entre eles, o documentário Grey Wolf: The Escape of Adolf Hitler, que sugere que Hitler e sua esposa, Eva Braun, teriam fugido da Alemanha e se escondido na Estância Inalco.
A localização isolada e difícil acesso à propriedade também contribuíram para alimentar as teorias, mas é importante reforçar que essas teorias não possuem provas conclusivas.
Vale dizer que atualmente, o local é um espaço privado e existem placas informando ser proibido entrar no local.
A Estância Inalco foi construída em 1943, durante a época da Segunda Guerra Mundial, e projetada pelo arquiteto Alejandro Bustillo, o mesmo que projetou o icônico Hotel Llao Llao, também em Bariloche.
Mas, será que valeu a pena observar a casa de fora? Sim! Achei interessante chegar tão perto de um local com um contexto histórico tão interessante. Vale a pena dizer que programamos nosso roteiro de 8 dias em Bariloche com a intenção de visitar muitos locais associados aos mistérios do pós-Segunda Guerra. Logo, se você não se interessa nesse tema nem tem curiosidade no assunto, sem dúvida não vai perder nada se não vier aqui.
Lago Espejo
Ao cruzar o rio Ruca Malén, você encontrará um dos mirantes do Lago Espejo, de origem glacial, que está localizado próximo à cidade de Villa La Angostura.
O nome do lago faz referência às suas águas tranquilas, que refletem as paisagens de suas margens como um espelho.
Foi nomeado em homenagem a Enrique Wolff, um dos engenheiros que participou de uma das expedições para investigar a área fronteiriça da Argentina com o Chile, entre 1895 e 1896.
Ao narrar sua visita ao local, Woolf descreve seu espanto ao encontrar um lago que seria “como um espelho”.
O lago possui uma área de 44 km² e estende-se quase até a fronteira com o Chile, e suas margens alternam praias de areia vulcânica e áreas rochosas íngremes.
A RN 40 passa pela cabeceira sul do lago, mas alguns quilômetros você chega no cruzamento com a RN 231 onde fica a trilha de 200 m que leva à sua ampla praia principal, que permite desfrutar de passeios na floresta andina.
Um pouco mais adiante existe outro mirante, localizado em uma falésia. Dali é possível ter uma vista ampla no Lago Espejo e sua praia.
No mesmo local, é possível ver o Cerro Cuerno, com 1.658 m de altitude.
É um dos lagos da Rota dos 7 Lagos mais visitados no verão pela temperatura de suas águas, que é mais quente comparado aos demais. Além disso, é uma opção para quem deseja praticar esportes náuticos.
Sua infraestrutura ainda oferece churrasqueira (somente para uso diurno) e um tipo de loja de conveniência.
Villa La Angostura
Villa La Angostura é uma pequena e charmosa cidade a cerca de 80 km de Bariloche, localizada nas margens do Lago Nahuel Huapi, no sopé da Cordilheira dos Andes, próxima à fronteira com o Chile.
Essa área é conhecida por sua beleza natural, lagos, florestas e montanhas.
A partir da cidade, é possível conhecer alguns pontos turísticos importantes da região, como o Cerro Bayo.
Outras atrações incluem passeios de barco pelos lagos e caminhadas e trilhas pelos bosques.
Além disso, outras atividades ao ar livre podem ser praticadas como ciclismo, pesca, esqui no inverno e observação da natureza.
Nas proximidades, você encontrará o Parque Nacional Los Arrayanes e o Lago Nahuel Huapi.
Ou seja, a natureza é muito presente, sem dúvidas, mas dar um passeio pelo centrinho, parando nas lojinhas locais, também é uma atividade que pode fazer parte do seu roteiro.
Nas ruas a arquitetura alpina é bem marcante com belos chalés de madeira.
O trajeto de Bariloche até Villa la Angostura é de apenas 1h10 e pode ser realizado de carro ou em ônibus que saem diariamente da rodoviária de Bariloche.
Villa La Angostura é super charmosa e bem prazerosa de se caminhar e conhecer.
Na prática, para mim vale a pena mesclar até a hospedagem de alguns dias em Bariloche e alguns dias aqui.
Dia 3
- Circuito Chico
- Centro cívico
- Colonia Suiza | Colônia Suíça
- Punto Panorámico
- Cerro Campanário
- Cervejaria Patagonia
Circuito Chico
O Circuito Chico é o nome de um dos trajetos turísticos mais famosos de Bariloche. Com 65 km de extensão, passa por diversos pontos importantes para quem está visitando a região, incluindo, belas paisagens, vistas dos lagos, montanhas e do Andes.
O percurso acontece ao longo das margens do Lago Nahuel Huapi, na zona sul, geralmente, partindo da Avenida Ezequiel Bustillo, na altura do Centro Cívico de Bariloche.
A partir daí ele segue a costa do famoso lago Nahuel Huapi em direção ao oeste.
Na prática, existem diferentes paradas ao longo do percurso, variando entre locais clássicos, quase obrigatórios, para quem faz o Circuito Chico e outros endereços que podem fazer parte do roteiro, conforme o plano do guia que está levando o grupo.
Entre os locais clássicos de visita, estão:
- Cerro Campanário,
- Punto Panorâmico,
- Capela San Eduardo,
- Hotel Llao Llao,
- Fábrica Rosa Mosqueta.
Geralmente, o caminho começa com a primeira parada no Cerro Campanário, um dos pontos mais altos do Circuito Chico, que oferece uma vista panorâmica dos lagos Nahuel Huapi e Moreno, das montanhas e da cidade. É possível subir até o topo usando o teleférico.
Centro cívico
O Centro Cívico de San Carlos de Bariloche fica localizado na Rua Mitre, a primeira rua pavimentada da cidade.
O local é um conjunto de edifícios e foi inaugurado em 17 de março de 1940, o que o tornou o primeiro centro cívico da Argentina. Já em 1987, foi declarado Monumento Histórico Nacional.
Em 1940, sua construção visava criar um local de suporte turístico e que também funcionasse para realização de reuniões públicas.
Construído pelo arquiteto Ernesto de Estrada, tem sua arquitetura influenciada pelo estilo predominante nas regiões montanhosas da Europa.
O edifício principal é construído em estilo arquitetônico alpino, entretanto, seu plano de fundo é especial: a paisagem do Lago Nahuel Huapi.
Bem próximo ao centro, estão localizadas lojas locais, chocolaterias, lojas de artesanato, bares, restaurantes, livrarias, galerias, e muito mais.
Atualmente, o Centro Cívico é utilizado como um ponto de acesso a informações turísticas, onde os visitantes podem buscar mapas, guias e informações sobre atividades na região.
Junto à construção está a Praça Cívica, que reúne moradores e turistas. Bem no centro, está a estátua do general Julio A. Roca, que foi presidente da Argentina duas vezes no final do século 19 e início do 20.
Essa parte do centro de Bariloche é super charmosa e aconchegante.
Caminhar pelo centro ou um pouco mais abaixo com a vista do lago é incrível demais.
Aqui você encontra também várias das principais lojas e restaurantes da cidade e uma arquitetura super bonita, que carrega muita história por trás.
Colonia Suiza | Colônia Suíça
Colonia Suiza foi o primeiro assentamento europeu da região e foi declarado Patrimônio Histórico, mantendo intactas as características originais da época da sua fundação, no final do século XIX.
A uma distância de apenas 25 km do centro de Bariloche, a área leva o nome de “Colonia Suiza” devido à influência da imigração suíça na região.
No final do século XIX, três irmãos suíços se instalaram em um lugar no pé de uma montanha da cordilheira andina. Nesse momento e nesse lugar, nasceu a Colonia Suiza.
As tradições do país europeu estão em elementos como a arquitetura, culinária e cultura local.
Mas o local ainda oferece outros atrativos como caminhadas em trilhas, passeios até a lagoa Negra e mais.
Outra cultura que influenciou e ainda influencia a região é a chilena. Na colônia, é possível experimentar, por exemplo, o curanto, uma comida originariamente araucana que foi introduzida pelo Chile por Emilio Goye, um dos primeiros habitantes da Colonia Suiza.
O povoado reúne casas de chá e restaurantes, lojas de artesanato e uma importante feira artesanal.
Um dos meus lugares favoritos em Bariloche. A Colônia Suíça é bem pequena, mas possui uma feirinha muito massa, várias lojas com produtos locais, mas pra mim o melhor do local foi o Curanto! Curanto é esse prato tradicional preparado no chão de terra com plantas e pedras. Mas, atenção que o Curanto só tem quarta e domingo, e começa super cedo: 9h.
Punto Panorámico
O Punto Panorâmico é um mirante que faz parte do Circuito Chico. Além do mirador, o local também abriga um restaurante. Lá, é possível almoçar, jantar ou tomar café apreciando uma paisagem panorâmica dos lagos e dos picos nevados de Bariloche.
O mirante oferece uma vista com 180 graus dos lagos Nahuel Huapi.
Os visitantes podem passear livremente pelo local para encontrar os melhores pontos de observação. Geralmente, o acesso é gratuito. Entretanto, se quiser fazer alguma refeição por lá, os valores estarão no cardápio.
📍 Como fica muito perto da Colônia Suíça, eu acho que vale demais passar aqui também.
Cerro Campanário (ou Cerro Catedral)
O Cerro Campanário é uma das principias colinas de Bariloche e de lá é possível ter uma vista interessante de vários pontos famosos da região, como:
- os lagos Nahuel Huapi e Moreno;
- a lagoa El Trébol;
- a península San Pedro;
- a ilha Victoria;
- os montes Otto, López, Goye, Bellavista, Catedral e Capilla;
- o hotel Llao Llao;
- as alamedas da Colonia Suiza.
Localizado na Avenida Ezequiel Bustillo, a 17 km do Centro Cívico, o cerro também faz parte do Circuito Chico.
Pensando na distância a ser percorrida, a melhor maneira de chegar ao local é com um carro particular, uma van de agência de viagem ou mesmo o transporte público.
Também é possível fazer a subida com bicicleta, desde que você esteja preparado para isso.
Mas não se preocupe, porque chegando à região do cerro existe um teleférico que vai te levar até o topo dos 1050 metros de altitude. O trajeto é de 640 metros e é percorrido em 7 minutos.
Quer encontrar os melhores passeios para o seu roteiro de 8 dias em Bariloche, com segurança e sem esforço? Acesse o GetYourGuide e facilite a contratação de passeios, transfers e mais. A plataforma oferece uma seleção confiável de atividades com avaliações de viajantes e opções de cancelamento flexível.
Já para descer (todo santo ajuda) e você pode utilizar o teleférico ou fazer uma trilha no meio dos bosques. São cerca de 30 minutos de caminhada.
No topo há uma confeitaria e um Jardim Botânico com diversas espécies de plantas que pode ser visitado na primavera e no verão.
Sem dúvida vale DEMAIS a visita e é uma das paisagens mais bonitas não só de Bariloche como dos quase 30 países que visitei! É absolutamente fenomenal e épico. Aqui eu iria com tempo. Tem muito lugar para caminhar, apreciar a vista e mini trilhas.
Cervejaria Patagonia
Em 2016, a Cervejaria Patagônia inaugurou uma microcervejaria em Bariloche, no Km 24.7 da Rota 77.
Finalmente, a cerveja que nasceu em Buenos Aires, em 2006, ganhava um espaço especial na região que havia homenageado desde seu nascimento.
Localizada no Circuito do Chico, em frente ao Lago Moreno, a cervejaria oferece edições especiais da bebida, além de atividades diferenciadas para quem visita o local.
Ao mesmo tempo que você pode apenas sentar em uma confortável cadeira no beer garden e aproveitar a sua cerveja curtindo a paisagem, também pode optar por fazer um tour pela fábrica e degustar os rótulos que estão sendo preparados.
Além disso, é possível reservar três tipos de tour e você pode fazer isso no site deles, clicando aqui.
Os passeios são:
- EXPLORE COM OS 5 SENTIDOS: aprenda sobre a história da cerveja e seu processo de fabricação.
- TOUR COM DEGUSTAÇÃO: a equipe orienta os visitantes durante uma degustação de quatro cervejas.
- TOUR COM EMPARELHAMENTO: é o jantar que harmoniza a gastronomia patagônica e a cervejas da marca, em três etapas.
É importante que você converse com a agência de viagens que você escolher, para confirmar como será o seu tour. Se você for sozinho, entre em contato diretamente com a cervejaria.
Talvez você não saiba, mas Bariloche tem uma cultura cervejeira MUITO grande e a cidade possui várias cervejarias artesanais, mas a Patagônia não está na lista das melhores! Oi?
Pois, é. Ao longo desse roteiro de 8 dias em Bariloche, visitei outras cervejarias e fiz um pubcrawl e aqui a lista das melhores:
- Wesley
- Gilbert
- Blest
- Berlina
- Manush
- Patagônia
Entretanto, se você quiser beber com uma vista privilegiada, sem dúvida a Patagônia é o lugar certo, pois a paisagem do local é surreal!. Já para comer e beber, existem lugares muito melhores.
Dia 4
Tour – Presença nazista em Bariloche
Antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial, a Argentina e Bariloche receberam vários alemães nazistas.
Esse tour fala de figuras importantes do nazismo que vieram morar na Argentina e em Bariloche. E além do tour, também recomendo demais o livro sobre o tema que conta em detalhes como essas figuras associadas nazismo moraram na região e influenciaram a cultura e desenvolvimento da cidade.
Vários pontos turísticos e pessoas importantes de Bariloche estão ligadas a pessoas associadas ao nazismo.
Um ponto MEGA importante que vale frisar é que tanto o livro quanto esse tour não são baseados em opiniões ou achismos. São fatos históricos e todos comprovados com dados.
Também vale ressaltar que Bariloche tem forte influência alemã e outras nacionalidades européias e isso não quer dizer que todos eram nazistas ou que concordavam com o regime.
Link do tour:
German Footprint & Nazi Presence – Tour
Link do livro:
Se você gosta de história, esse tour é algo que vai explodir a sua mente, te montando o quanto somos alienados. É um tapa na cara de como não sabemos quase nada de história mundial e como ela influencia na América do Sul.
Tour – Caiaque no Lago Nahuel Huapi
Pra mim, os passeios de caiaque são uma forma incrível de se conectar ainda mais com a natureza e apreciar as paisagens por outro ângulo. Por isso, não foi a primeira vez que incluí esse tour em uma viagem! Pelo contrário, sempre que posso, faço questão de viver essa experiência. Inclusive, você pode comprovar essa minha paixão assistindo ao vídeo abaixo, em que compartilho minha experiência no Bósforo, em um passeio de caiaque em Istambul, que foi simplesmente, surreal!
Se você quiser viver o fora do comum em Istambul, incluindo experiências totalmente inesquecíveis, como passeio de canoa no Bósforo, aprender a fazer café turco e a ler a sua sorte na borra, tomar o verdadeiro banho turo e muito mais, basta comprar o nosso guia de seis dias em Istambul.
Mas, voltando ao nosso roteiro de 8 dias em Bariloche, os lagos da região são fantásticos e uns dos mais lindos que já vi na vida.
Por isso, poder passear pelo principal deles e me contemplar a natureza por esse ângulo diferente é mágico.
Dia 5
- Passeio de lancha
- Ilha Huemul (Ilha nazista)
- Tour – Pubcrawl
Passeio de lancha
Para ir para a Ilha Huemul nós contratamos um passeio privativo de lancha, com foco principal de chegar à Ilha Huemul, então passamos pouco tempo fazendo o passeio de lancha, mas é uma opção que você pode agregar ao seu roteiro de 8 dias em Bariloche, caso não queira conhecer a ilha.
Você pode pedir para o piloto te levar a pontos panorâmicos para ver as mais belas paisagens de Bariloche e até tomar banho de lago.
É um passeio que vale muito a pena.
Quanto custou? Nós pagamos 300 dólares por um passeio privativo de 4 a 5 horas. Por ter sido privativo, foi mais caro, mas existem opções com outras pessoas, o que reduzir o custo.
Ilha Huemul (Ilha nazista)
A Ilha Huemul é uma ilha no Lago Nahuel Huapi, e seu nome deriva do chefe mapuche Güemul, cuja tribo habitava a região.
É um atrativo turístico histórico e ecológico, foi recentemente cedido ao município de Bariloche após licitações junto ao governo de Río Negro.
A ilha abriga as ruínas de um laboratório secreto de fusão nuclear que já empregou cientistas nazistas de alto nível.
Atualmente, é tomada pelo verde e muito tranquila. Entretanto, ainda é possível encontrar entre as árvores, ruínas do seu passado.
Em 1949, o presidente Juan Perón convidou pessoalmente Ronald Richter, um cientista austríaco famoso por desenvolver um acelerador de partículas para os nazistas, para ir à Argentina trabalhar em energia de fusão.
Richter recebeu carta-branca e centenas de milhões de pesos, bem como toda a Ilha Huemul, para prosseguir seu trabalho.
Mas após alegações iniciais de sucesso, o trabalho revelou-se fraudulento e o projeto foi encerrado em 1952. Três anos depois, Perón foi deposto e Richter foi preso por fraude.
O complexo científico foi abandonado, acabando por ser utilizado como alvo de treino para os militares.
O local também oferece vistas da cidade e das montanhas a partir do antigo escritório de Richter, no topo da colina solitária da ilha.
Se você gosta de história, política e curiosidades “secretas” dos lugares que visita, essa ilha é algo fantástico para se visitar. Parece que você está em um cenário de Lost ou The Last of Us.
O ambiente é pesado e você chega a se sentir um pouco mal com mensagens e destruição que vai encontrando ao longo da ilha.
Pra mim foi um dos passeios mais surpreendentes e que mais gostei em Bariloche.
Tour – Pubcrawl
O pubcrawl passa por três cervejarias da região: Berlina, Gilbert e Patagônia.
Em cada uma delas, você visita os locais de produção das cervejas, escuta curiosidades sobre o processo de produção e a história das cervejarias, além de degustar vários tipos de cerveja e comer alguns petiscos.
O guia do tour também explica bastante sobre a cultura cervejeira de Bariloche, além de curiosidades gerais sobre o tema.
Lembre-se de acessar o app do GetYourGuide para pesquisar por passeios como este, por Bariloche.
Eu curti muito o tour porque apesar de conseguir ir em cada uma dessas cervejarias sozinho, não são todas que você consegue visitar a parte de dentro e entender melhor o processo de fabricação.
Além disso, é uma forma mais divertida de ir de bar em bar, conhecer novas pessoas e viver essa parte de Bariloche.
Lembrando que essas são as minhas cervejas favoritas:
- Wesley
- Gilbert
- Blest
- Berlina
- Manush
- Patagônia
Quer internet boa na Argentina? O melhor custo-benefício é a opção de chip virtual. Ele é mais prático, rápido e uma qualidade absurda! Dê adeus a roaming caro e cartões SIM físicos.
Recomendo demais a Airalo e para ter o seu basta clicar no link abaixo, escolher o país, a quantidade de internet que você deseja e fazer o pagamento.
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Dia 6
Escalada Cerro Ventana
Essa escalada do Cerro Ventana é MUITO fácil e para qualquer idade. E não precisa de experiência prévia!
Os instrutores oferecem todo o suporte, levam todos os equipamentos e cuidam para que tudo ocorra da melhor maneira possível.
E a vista do topo da escalada é algo fenomenal. E não sei explicar, mas ter essa vista após escalar é mais emocionante do que a vista do Cerro Campanário que peguei um teleférico.
É como se por me esforçar mais a recompensa valesse mais.
Dia 7
Trekking e escalada Cerro Lopez
Essa trilha é linda, mas o nível de dificuldade é um pouco maior do que a do dia anterior.
Nós não fizemos a escalada, mas para chegar no topo mais alto da trilha, que seria a base da rocha de escalada, exige um pouco mais de preparo físico e também é uma trilha que necessita de equipamentos de segurança.
Com isso, o passeio é recomendado para pessoas acima de 12 anos.
De toda maneira, não é algo difícil e creio que qualquer pessoa com o mínimo de preparo consegue fazer.
Bahia Lopez
A Bahía López fica às margens do Lago Nahuel Huapi, e o acesso é feito por estrada.
Uma das grandes atrações do local é o mirante que oferece uma vista panorâmica do Braço Triste ( Lago Nahuel Huapi) e da Colina da Capela.
Para chegar ao mirador é preciso seguir uma trilha de fácil acesso. Todo o percurso passa pela mata e é bem sinalizado.
Se você gosta de aves, o caminho até a baía permite que você veja algumas espécies da região, com o condor andino que, com suas asas abertas, atinge três metros de comprimento e é capaz de voar a mais de 5.000 metros de altura.
É um lugar super bom para tomar banho, relaxar e aproveitar o dia.
> Saindo do do centro de Bariloche é possível pegar a linha 10 de ônibus. Desça no Mirante Bahía López e caminhe até o ponto inicial da trilha. De carro: Via Circuito Chico até Bahía López.
Dia 8
Trilha Refúgio Frey
Para chegar ao Refúgio Frey é preciso passar pela trilha.
Você não precisa de ninguém para fazer essa trilha para o Frey. Dá para fazer sozinho de forma tranquila e pessoas de qualquer idade. Vi muitas crianças com menos de 5 anos na trilha.
Muita gente fala que é uma trilha difícil, mas não é. É cansativa porque muita gente faz a trilha para escalar e então levam 25kg a 30kg nas costas.
Mas se você for fazer só a trilha, sem nenhum equipamento é bem de boa. Obviamente existe um certo preparo físico, mas nada impossível.
O caminho tem elevações, degraus, subidas e descidas, mas se você não for uma pessoa sedentária dá para fazer.
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Refugio Frey
O Refúgio Frey é uma área de hospedagem e acampamento de montanha localizada no Parque Nacional Nahuel Huapi, próximo à cidade de San Carlos de Bariloche, cerca de 20 minutos do centro da cidade.
Em uma altitude de aproximadamente 1.700 metros acima do nível do mar, o local fica às margens da Laguna Toncek, ao pé da agulha de Frey, cercado por torres e pináculos rochosos.
Desde a sua inauguração, em 17 de fevereiro de 1957, é o local escolhido pelos escaladores pela qualidade da rocha e a variedade de torres.
A zona em que está localizado o Refúgio Frey tem sido considerada uma área “escola” de escalada clássica ou alpina.
Afinal, existem agulhas e paredes entre 20 e 250 metros, o que auxilia pessoas com vários níveis de capacidade a desenvolverem suas habilidades.
É comum que escaladores experientes tenham aprendido a escalar por aqui para depois buscarem por aventuras em outras paredes patagônicas e ao redor do mundo.
Atenção redobrada no inverno
Seja no inverno, no verão, primavera ou outono, a caminhada até o Refúgio Frey demora algumas horas, entretanto, no inverno esse tempo pode ser maior.
De maneira geral, quanto maior a queda de neve, mais tempo você deve levar para chegar até o abrigo.
Contudo, em todas as épocas do ano é importante se manter informado sobre as condições da trilha e a previsão do tempo.
Outro cuidado essencial, seja no verão ou inverno, é preencher o registro do trekking no escritório do Parque Nacional Nahuel Huapi.
Esse cuidado é fundamental para que, em caso de emergência, os profissionais capacitados saibam onde procurar.
Alguns dos lugares que você pode conhecer pela região incluem:
- Pico Panorâmico Bara,
- Lagoa Schmoll e Filo,
- Vale Campanile e Catedral Sul,
- caminhada até o pico principal da Catedral
Escalada Agulha Frey | via Diedro de Jim e a Sifuentes Weber.
Logo em frente ao refúgio fica a Agulha Frey, uma das mais frequentadas por escaladores e uma das melhores opções para começar a explorar a região.
Do refúgio até a base das vias que levam até a agulha, você vai fazer uma breve caminhada de cerca de dez minutos.
Existem algumas vias que te levam até lá, sendo as mais importantes a via Diedro de Jim e a Sifuentes Weber.
Ambas têm em torno de 150 metros de parede (rocha) e a graduação de dificuldade é 5 (modelo de gradação francês). É possível concluí-las em uma tarde.
O trajeto Sifuentes Weber + Montis (VI) e Diedro/Fissura de Jim (V SUP) na Agulha Frey é muito comum entre quem visita à região.
Isso porque, entre as opções que o local oferece, é uma boa via para começar e ter um choque de realidade sobre o que te espera.
A via Diedro de Jim é bem protegida e com base dupla para rapel. Devido à proximidade do refúgio e ao baixo nível de comprometimento, é uma boa opção para dias mais leves.
Eu sou iniciante em escalada e foi somente a minha terceira escalada da vida, e esse foi o maior desafio esportivo e de aventura que já vivi! Foi MUITO, mas MUITO difícil chegar ao topo.
Se você não tiver experiência, saiba que provavelmente não vai conseguir ou vai sofrer muito que nem eu.
E obviamente recomendo fazer isso com guias especializados, que já escalaram no local antes, que vão te proporcionar toda a segurança etc.
Mas apesar de todo esse sufoco, foi uma das experiências mais extraordinárias que já tive na vida e chegar ao topo, com essa vista, depois de tanta luta e esforço, foi surreal.
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